This article examines the ways in which a particular set of media representations are framed and presented in contemporary Argentina. Specifically, attention is paid to representations of socially relegated people, who are not the producers of media representations. Thus, the question of power is crucial in the setting of a fundamentally asymmetrical relationship: owners of representational production resources construct and present images and narratives of actors who do not possess these resources. Through the study of three cases, the article describes specific rhetorics that capture and aestheticize otherness in contemporary Argentina, framed in a realistic media format where the enunciation position is blurred. This element reinforces the symbolic construction of borders, through a mechanism that naturalizes and legitimizes inequality.
Esta presentación da cuenta de una investigación que focaliza sobre las modalidades a través de las cuales se encuadra y pone en circulación, en la Argentina de los últimos años, un tipo particular de representaciones mediáticas: las de los sectores socialmente relegados, que son, a su vez, aquellos que no construyen esas representaciones. La cuestión del poder aparece entonces instaurando una relación que es, fundamentalmente, asimétrica: los sectores poseedores de los recursos de producción representacional extendida, ponen en circulación imágenes y narrativas de aquellos que no los poseen. A partir de tres casos, se describen las retóricas específicas que capturan y estetizan las alteridades en la Argentina contemporánea, encuadradas en un formato mediático que celebra un tipo de contrato realista, donde queda diluida la posición de enunciación. Este elemento refuerza la construcción simbólica de las fronteras, marcadas por el polo enunciador en una operación de naturalización legitimante de la desigualdad.
Este trabalho retrata uma pesquisa sobre as maneiras pelas quais se posiciona e circula, na Argentina dos últimos anos, um tipo particular de representações midiáticas: o dos setores socialmente relegados, que são, por sua vez, aqueles que não constroem essas representações. A questão do poder aparece, então, ao se estabelecer uma relação fundamentalmente assimétrica: os setores que possuem os recursos da produção, como representação extensa, fazem circular imagens e narrativas daqueles que não os possuem. A partir de três casos, descrevem-se as retóricas específicas, que apreendem e estetizam as alteridades na Argentina contemporânea, enquadradas num formato midiático que celebra um tipo de contrato realista no qual se dilui a posição da enunciação. Esse elemento reforça a construção simbólica das fronteiras, marcadas pelo polo enunciador, em uma operação de naturalização que legitima a desigualdade.
Fil: Rodríguez, María Graciela. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Sociales; Argentina.